Mono.Tune
Apresento-lhes mono.tune. Uma excelente "banda" de um homem só, Filipe Consoline, que compôs, tocou, arranjou e produziu "The Worst Day With The Best Person" (2007), CD de estréia da mono.tune, que acabou se tornando uma banda também no palco, após as entradas de Pedro Machado (guitarra) e Ravi Macário (baixo).
Apresento-lhes mono.tune. Uma excelente "banda" de um homem só, Filipe Consoline, que compôs, tocou, arranjou e produziu "The Worst Day With The Best Person" (2007), CD de estréia da mono.tune, que acabou se tornando uma banda também no palco, após as entradas de Pedro Machado (guitarra) e Ravi Macário (baixo).
Cantado em ótimo inglês, o trabalho da mono.tune gira em torno do britpop, lo-fi e do indie rock, com um leve sotaque eletrônico, devido às baterias programadas. Violões de aço, guitarras climáticas e boas melodias vocais são a marca registrada de um disco cujo ambiente soa bastante enfumaçado, remetendo diversas vezes ao som do Radiohead fase "OK Computer", porém sem se deixar levar pela tentação da cópia.
É impressionante a segurança com que a banda se apropria do idioma e, principalmente, do estilo inglês de fazer música pop, pois é quase impossível desconfiar que não se trata de um grupo britânico. Apesar de ter sido gravado sem os recursos apropriados, não seria exagero dizer que "The Worst Day With The Best Person" é uma pequena obra-prima. Trata-se de um disco extremamente sincero.
Minhas faixas preferidas são, pela ordem: "Poor Heart And It Troubles", "Getting Along", "Oh! Hello!" e "Once And Again", mas isso depende muito do gosto do ouvinte. A verdade é que "The Worst Day With The Best Person" é daquele tipo de CD que você ouve antes de sair de casa, durante o banho e antes de dormir, como se ministrasse seu conteúdo em doses regulares, para manter sempre alta a taxa de mono.tune no sangue. É simplesmente viciante.