Gulivers
O som vem do Sul, mas poderia ter saído da Big Apple ou algum enfumaçado bairro
londrino. Oasis, Blur, Strokes, Kasabian, Interpol, Foals, Smiths... a sensação é de que
todas as boas influências entraram nessa mistura. O resultado é irresistível, e a maior
surpresa: tem cara própria.
Gulivers, o rock gaúcho em boas mãos
Dado o recado, dá pra dizer que as doze faixas de Em Boas Mãos estão aí pra atestar o
talento desses porto-alegrenses de 20 e poucos anos. Eles têm nome de gente diminuta
mas fazem um rock de gente grande.
Cristiano Bauce (voz e guitarra), Thiago Peduzzi (baixo e voz), Rodrigo Quintana
(guitarra) e Fabricio Lunardi (bateria) estão aí pra mostrar que expressões
como “atitude” ainda têm o seu charme.
O som vem do Sul, mas poderia ter saído da Big Apple ou algum enfumaçado bairro
londrino. Oasis, Blur, Strokes, Kasabian, Interpol, Foals, Smiths... a sensação é de que
todas as boas influências entraram nessa mistura. O resultado é irresistível, e a maior
surpresa: tem cara própria.
O vocalista Cris Bauce, ao contrário de uns e outros, não tem nada de pé-frio. Além do
gogó privilegiado, manda bem como compositor: suas letras certeiras abordam desde
drinques e teorias sobre Lost até canteiros florescentes e os clássicos modernos. Os
colegas não ficam atrás: belos arranjos ganham destaque em faixas como “Serenata
Siciliana” e “Aviso Prévio”. A dançante e melódica “Previsível Como Sempre” tem
o toque old school de uns tais irmãos Gallagher, assim como “Não Tenha Pressa”
e “Sorte”. “Ausente” já virou hit e ganhou vídeo dirigido pelo cineasta Lufe Bollini e
estrelado por Marcos Contreras (do filme Cão Sem Dono).
A bolacha foi produzida por Ray-Z (Júpiter Maçã, Vera Loca) e Eduardo Suwa (Volantes,
Lautmusik) e também está à venda nas lojas. Corre lá!