Motormama
O MOTORMAMA, de Ribeirão Preto, interior de São Paulo, nasceu em 1999 das cinzas do Motorcycle Mama, banda que teve destaque no underground da década de 90.
O MOTORMAMA, de Ribeirão Preto, interior de São Paulo, nasceu em 1999 das cinzas do Motorcycle Mama, banda que teve destaque no underground da década de 90. Além de algumas fitas-demo, o MM figurou no importante CD “Brasil Compacto”, uma das primeiras coletâneas a dar conta da explosão independente que aconteceu no Brasil na década de 90.
O Motorcycle Mama nasceu no meio deste burburinho: enquanto bandas pioneiras do indie brasileiro como Second Come, Pin Ups e Killing Chainsaw saíam de cena, bandas com a mesma pegada barulhenta mas com letras em português, passaram a ocupar o espaço. Era a época de Skank, Raimundos e Planet Hemp estourando para o Brasil enquanto nomes menos preocupados com “música para tocar no rádio” gravavam suas fitas demo e corriam atrás de selos distribuídos por majors. O interior do estado de São Paulo vivia uma explosão ainda maior, talvez catapultada pelo festival Juntatribo (realizado em Campinas) e por bandas como Concreteness, Muzzarellas e Linguachula que gozavam de alguma visibilidade na cena de época.
Como o mercadão da música não era para todos, algumas bandas encheram o saco no final da década e mudaram de vida. Outras colocaram a viola no saco e mudaram de nome. Isso aconteceu com Motorcycle Mama que resolveu encarar os novos tempos rebatizando-se MOTORMAMA e entrando ainda mais de cara no independente do-it-yourself-e-não-vou-esperar-nada-de-ninguém. Com uma nova formação e um nome mais condizente com suas intenções caipiras, o Motormama gravou um CDr-demo com 6 músicas intitulado “Mestiço Rock’nd’Roll” lançado inicialmente pela banda. Com elogios rasgados de parte da crítica na época, o Motormama gravou por conta própria seu CD de estréia, “Carne de Pescoço”.
Em 2003, a banda lançou este CD via sua própria gravadora, a Kaskavel. Com treze músicas, foi bem falado em publicações como “Playboy”, “Folha de S. Paulo”, e “Jornal do Brasil”. O grupo também foi destaque no “Jornal Hoje” da Rede Globo. Uma das faixas do Cd “Carne de Pescoço” – “Rota Caipira (Anhanguera Folk Song)” – faz parte da elogiada coletânea “Clássicos da Noite Senhor F”.
Hoje o som do Motormama pode ser considerado um cruzamento entre Mutantes e Neil Young com altas doses de caipiragem e psicodelia. A banda lançou o CD “A Legítima Cia. Fantasma”, o segundo, pela gravadora PISCES. São catorze faixas do mais puro rock caipira
Integrantes:
Régis Martins: guitarra, violão e voz
Joca: baixo
Marco P-XE: bateria
Gustavo Acrani: teclados e programação
Gisele Z: voz